...um belo dia resolvi mudar e fazer tudo o que eu queria fazer.... Me libertei daquela vida de vícios e aqui estou começando mais uma vez!
São dez da noite e eu peço alguém caridoso que me traga um iogurte para acalmar a azia que me impede de dormir. Penso no Nelson e a úlcera dele, tão companheiros.
Li numa revista que eu muito provavelmnete sofro de ansiedade. Logo eu que digo que nào sou nada ansiosa. Digo e repito como a um mantra, como se quisesse me convencer.
Sou anisosa sim! No que se refere a urgência do outro. Nunca as minhas necessidades mais básicas são respeitadas por mim. Sou capaz de passar 12 horas trabalhando, em pé sem comer e sem ir ao banheiro, sorrindo, o que é mais grave.
Analisando meus exames de sangue notei que estou me matando. Nada grave nào, o de sempre. Colesterol alto, falta de ferro, falta de cálcio, açúcar subindo. Uma espécie de suicídio. Foi aí que resolvi mudar.
Já vi tanta gente fazer isto e ser bem sucedida. Porque não eu ahah porque não eu.?
Dia 1
Meio copo de água com limão
Coloquei algumas rodelas de batata doce em um a assadeira antiaderente untada com azeite. Salpiquei sal e levei ao forno.
Quando douraram embaixo, virei as batats de deixei dourar um pouco mais.
Fiz um café preto que comi acompanhado da batata doce com alguns mirtilos desidratados e umas 5 castanhas de caju.
Assei uma s beringelas e uns dentes de alho e comi com metade de um pão árabe.
Almocei salada verde com cenoura, betrraba azeitona e um vinagrete de limão com menta. Hortelã.
Jantei no curso: um pouco de castanhas spice, um pouco de brownie vegano u. Pouco de sorvete vegano chips de aborinhas. Tudo delicioso e sem glutem, sem lactose e sem açúcar.
Tomei água, coisa que não faço unca.
Meditei antes de dormir.
Dia 2:
Meio copo de água com limão
Batata doce com mirtilo e castanha
Salada verde com cenoura molho de menta beringela assada
Sopa de tomates com leite de amendoas e sopa de cenourars com gengibre
Sopa de batata doce com coco e gengibre
Fui ao cabeleireiro. Pintei o cabelo, fiz a sobrancelha e o buço, coisas que estavam sempre pendentes e deixadas para a última hora e não estarão mais
Não meditei
Dia 3
Meditei
Esuqci da água com limão
Batata doce
Mingau de aveia com canela, cardamomo, leite de amendoas e meia tâmara meidjou.
Chá de gengibre com limão.
Meu tempo acabou. Esta semana ainda estou resolvendo algumas pendências que me tiram o sono e o tempo.
Vou contar depois como decobri que sou ansiosa.
Não reli
Pampa Linda
quinta-feira, 23 de junho de 2016
sexta-feira, 7 de agosto de 2015
Testando...testando
Tanto tempo que não venho aqui que nem sei mais como fazer. Minha vida mudou tanto tanto desde então. Mas minha vontade de escrever continua intacta. Vejo que perdi o traquejo. Mas, sei que treinando posso melhorar a prosa. Pretendo retornar com uma espécie de diário, conta do o que fiz no dia. a ideia é escrever todo dia antes de dormir. Trata-se de um desafio.
Gosto de dizer que não tenho inveja. Pura mentira. Sou humana. E, tenho muita inveja de quem é determinado. Aquela pessoa que se propõe a fazer algo e apesar e além de tudo não desiste, insiste, vai adiante e consegue.
Gosto de dizer que não tenho inveja. Pura mentira. Sou humana. E, tenho muita inveja de quem é determinado. Aquela pessoa que se propõe a fazer algo e apesar e além de tudo não desiste, insiste, vai adiante e consegue.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
O visitante fantasma
A pressa de sempre me fez estacionar na vaga do vizinho. Tinha que subir em casa correndo, pegar o envelope que havia esquecido, ligar para o cliente e descer os dez andares que me separam do chão, num minuto. Sabia que não ia dar tempo de ficar manobrando caprichosamente para colocar meu carro no centro da vaga, retinho, como aprendi na auto escola.
A vaga do vizinho do apartamento 203 não precisa de manobra e, então, oprimida pelo relógio, larguei meu carro lá e subi. Fui no quarto peguei o envelope, passei a mão no telefone, confirmei com o cliente e... quando já estava fechando a porta para descer, o interfone tocou.
- D. Márcia, seu Jorge do 203 quer falar com a senhora.
-Meu Deus! Não pode ser outra hora? Estou atrasadíssima.
-Ele está um pouco nervoso, disse que é urgente.
-Então passe logo a ligação seu Antonio.
-Pois não! disse tentando ser educada.
-Eu queria pedir para a senhora tirar o carro da minha vaga, meu filho pode vir me visitar e eu não gostaria que ele não tivesse lugar para estacionar o carro, quando chegasse.
-Pois não, repeti, já estou indo. Não tinha tempo para brigar e de mais a mais estava errada mesmo.
Hoje toda vez que vejo aquela vaga vazia me compadeço. Passados alguns anos do ocorrido, nunca vi qualquer carro estacionado na vaga do 203, nem por engano. Meu lado melodramático me sugere que seu Jorge não faz outra coisa a não ser esperar a visita do filho ingrato, que não dá atenção ao pai, coitado. Ah! mas pode ser também que o filho de seu Jorge tenha trocado o carro por uma moto, ou agora ande de táxi para não correr o risco de não ter onde estacionar o carro quando visitar o pai.
Sei lá pode ser qualquer coisa.
Bom Dia!
sábado, 11 de junho de 2011
saudades
De repente me deu uma saudade de escrever. Como eu conseguia fazer aquilo, acordar no meio da madrugada com uma ideia na cabeça e em pouco mais de quarenta minutos ter um texto para ser arrredondado ao amanhecer, depois que eu terminava de dormir.
É sempre assim: eu era feliz e não sabia. Não sei se eu era feliz, mas eu me divertia muito. Adorava o que escrevia e adorava os comentários. Sempre digo que não escrevo para receber elogios, acho que venho mentindo todo este tempo, adoro os elogios, preciso deles para continuar...
Minha vida esta cada dia mais parecida com as minhas gavetas. Uma bagunça. E tudo culpa minha vida
Um dia estava em casa esperando. Esperava o tempo todo, as meninas se aprontarem para o colégio, as meninas sairem do colégio, do inglês do Ballet, da casa da amiga, da festa... Ia dizendo... Um dia estava em casa esperando e me veio a ideia (sempre tenho estes insights) de ser corretora de imóveis, que hoje em dia tem o gaboso nome de Consultora Imobiliária. Levantei e consultei meu melhor amigo: Tio Google. Descobri que era só fazer um curso chamado TTI e pronto tirar o brevê, digo a carteira do CRECI.
E assim eu fiz. Levantei da cama e na semana seguinte a inscrição no tal curso, já estava empregada.
Não, a palavra não foi bem empregada l i t e r a l m e n t e. Ia dizendo que tinha arrumado um emprego, mas na verdade ser corretor de imóveis não é bem um emprego, é um trabalho. Hum mas deixa isso para lá. E não vai dar para continuar agora, o dever me chama. Bjs
É sempre assim: eu era feliz e não sabia. Não sei se eu era feliz, mas eu me divertia muito. Adorava o que escrevia e adorava os comentários. Sempre digo que não escrevo para receber elogios, acho que venho mentindo todo este tempo, adoro os elogios, preciso deles para continuar...
Minha vida esta cada dia mais parecida com as minhas gavetas. Uma bagunça. E tudo culpa minha vida
Um dia estava em casa esperando. Esperava o tempo todo, as meninas se aprontarem para o colégio, as meninas sairem do colégio, do inglês do Ballet, da casa da amiga, da festa... Ia dizendo... Um dia estava em casa esperando e me veio a ideia (sempre tenho estes insights) de ser corretora de imóveis, que hoje em dia tem o gaboso nome de Consultora Imobiliária. Levantei e consultei meu melhor amigo: Tio Google. Descobri que era só fazer um curso chamado TTI e pronto tirar o brevê, digo a carteira do CRECI.
E assim eu fiz. Levantei da cama e na semana seguinte a inscrição no tal curso, já estava empregada.
Não, a palavra não foi bem empregada l i t e r a l m e n t e. Ia dizendo que tinha arrumado um emprego, mas na verdade ser corretor de imóveis não é bem um emprego, é um trabalho. Hum mas deixa isso para lá. E não vai dar para continuar agora, o dever me chama. Bjs
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Porque todo passado é ficção, quer a gente queira quer não
Chego, mania antiga, quinze minutos antes do combinado. Fico imaginando a cor do boné que ele insite em usar para esconder a calva que lhe cai muito bem. Hoje vai combinar com as calças de linho cor de creme ou com os olhos azuis.
Espero lá fora, o anil do céu de outono me chama. Gosto de vê-lo chegando, chega menino, repara em tudo com uma curiosidade de estreante. Ele atravessa a rua eu entro no café. Não gosto que saibam que sempre chego quinze minutos antes do combinado, outra mania antiga.
Escolhemos a mesa com cerimônia dispensável.
-tem salada de frutas, repara.
Levanto para me servir da salada, ele gentil aguarda a vez na mesa guardando minha bolsa. Me sirvo, que já sabem não deveria ser proclise e sim sirvo-me da salada com capricho e termino com um morango em cima do montinho. Sou caprichosa, gosto de tudo bonito.
Reparo que ele demora muito servindo a salada de frutas. Que estranho, como demora, será que é por causa dos 81 incompletos? Será que está separando alguma fruta que não quer?
Chega orgulhoso com um prato de frutas cujo desenho formado pelas frutas forma um palhacinho com gola e tudo. Sou caprichosa ele é mais....
Colocamos, o papo em dia, ele sempre com um projeto novo, agora tem um mercado que vende coisas que ninguém quer comprar. Algumas custam até R$40 MIL.
Falamos sobre literatura. Me lembro do meu Pai.
PORQUE TODO PASSADO É FICÇÃO QUER A GENTE QUEIRA QUER NÃO.
terça-feira, 22 de março de 2011
cof cof cof
Acordo com uma tosse danada, a impressão que tenho é que vou colocar meus pulmões para fora.
Tossi o dia todo, uma tosse irritante. Fico imaginando que se a tosse não fosse minha, ia querer sufocar o tossinte (será que esta palavra existe?)
O dia não foi dos melh (cof cof cof) O dia (cof cof) não foi dos melhores, mas finalmente acaba de acabar.
Acordei mais cedo que o normal, sabendo que uma gripe estava querendo me pegar, mas fiz que não vi. Fiquei um tempão me arrumando. Cada vez demoro mais nesta tarefa, ou melhor, cada vez preciso demorar mais nesta tarefa. Com o passar dos anos várias coisas forem se incorporando a minha "toillete". Até bem pouco tempo, não precisava me maquiar, nem secar os cabelos e moldá-los com a escova, nem me besuntar com cremes. E olhe que na época eu enxergava muito bem!
Prometo não colocar mais o cof cof aqui, mas a tosse, querido e paciente leitor, é inclemente, não passa, e com certeza estará aqui até o ponto final.
Acordei cedo, ia dizendo, demorei me arrumando e quando vi, tive que sair correndo para levar miss13 e miss15 para a escola. Elas odeiam chegar atrasadas e a culpa é toda minha, eduquei-as assim.
Hum! Esqueci o celular, subi os 10 andares de volta e depois de me telefonar umas duas vezes fui encontrá-lo no décimo primeiro. Desci a escada correndo e depois no elevador fui pensando: que sorte, me lembrar que esqueci o celular!
Deixei as crianças na escola em Botafogo e fui para a Barra da Tijuca. Já no trabalho, notei que tinha esquecido a bolsa com minha agenda, o cabo do computador e tudo o que eu precisava para trabalhar.
Não ia adiantar voltar e tive que improvisar (taí uma coisa que eu faço muito bem!)
Tinha plantão às três lá na Freguesia, então fui almoçar mais cedo com um amigo, que ao entrar no carro disse: - iiiiihhhh, a lateral do seu carro está toda arranhada!
Pelo gestual achei que ele estava exagerando. E não estava. O meu carro tinha sido cruelmente rabiscado.
Vida que segue, almocei, botei as fofocas em dia, falei mal da minha vida e da dos outros é claro (ninguém é de ferro).
Fui com uma antecedência exagerada para o plantão, errei a saída da linha amarela, erro fatal que me custou dois pedágios, quase dez reais e muito stress. Sofri um bocado, mas cheguei a tempo.
A tosse deu uma trégua, vou ver se durmo.
Saudades e um beijo para os meus fiéis leitores!
Paçoca
Tossi o dia todo, uma tosse irritante. Fico imaginando que se a tosse não fosse minha, ia querer sufocar o tossinte (será que esta palavra existe?)
O dia não foi dos melh (cof cof cof) O dia (cof cof) não foi dos melhores, mas finalmente acaba de acabar.
Acordei mais cedo que o normal, sabendo que uma gripe estava querendo me pegar, mas fiz que não vi. Fiquei um tempão me arrumando. Cada vez demoro mais nesta tarefa, ou melhor, cada vez preciso demorar mais nesta tarefa. Com o passar dos anos várias coisas forem se incorporando a minha "toillete". Até bem pouco tempo, não precisava me maquiar, nem secar os cabelos e moldá-los com a escova, nem me besuntar com cremes. E olhe que na época eu enxergava muito bem!
Prometo não colocar mais o cof cof aqui, mas a tosse, querido e paciente leitor, é inclemente, não passa, e com certeza estará aqui até o ponto final.
Acordei cedo, ia dizendo, demorei me arrumando e quando vi, tive que sair correndo para levar miss13 e miss15 para a escola. Elas odeiam chegar atrasadas e a culpa é toda minha, eduquei-as assim.
Hum! Esqueci o celular, subi os 10 andares de volta e depois de me telefonar umas duas vezes fui encontrá-lo no décimo primeiro. Desci a escada correndo e depois no elevador fui pensando: que sorte, me lembrar que esqueci o celular!
Deixei as crianças na escola em Botafogo e fui para a Barra da Tijuca. Já no trabalho, notei que tinha esquecido a bolsa com minha agenda, o cabo do computador e tudo o que eu precisava para trabalhar.
Não ia adiantar voltar e tive que improvisar (taí uma coisa que eu faço muito bem!)
Tinha plantão às três lá na Freguesia, então fui almoçar mais cedo com um amigo, que ao entrar no carro disse: - iiiiihhhh, a lateral do seu carro está toda arranhada!
Pelo gestual achei que ele estava exagerando. E não estava. O meu carro tinha sido cruelmente rabiscado.
Vida que segue, almocei, botei as fofocas em dia, falei mal da minha vida e da dos outros é claro (ninguém é de ferro).
Fui com uma antecedência exagerada para o plantão, errei a saída da linha amarela, erro fatal que me custou dois pedágios, quase dez reais e muito stress. Sofri um bocado, mas cheguei a tempo.
A tosse deu uma trégua, vou ver se durmo.
Saudades e um beijo para os meus fiéis leitores!
Paçoca
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Sorriso desta vez eu vou ganhar.
Tinha me esquecido deste texto que eu escrevi há muito tempo para a Oficina do Rogério Menezes.
Tardinha de sábado. Dia tranquilo, sol de outono, temperatura agradável.
Eu vinha com minha filha da praia, tínhamos tomado um suco, e minha filha ainda carregava o saquinho com pães de queijo.
Logo ao entrar, notei que ela não era lá muito simpática.
Sorri como de costume.
Tinha um ar blasé. Perguntou-me se eram duas passagens. Respondi que sim, ainda com um sorriso. Ela apertou automaticamente o botão e a maquininha escreveu: passe... Deu o troco, e eu e minha filha nos sentamos.
Desta vez não fui olhando o mar.
Reparei na trocadora, uma senhora.
A conversa chamou-me a atenção.
Falava bem alto, como se não houvesse mais ninguém no ônibus.
- Ôoo Reinaldo, você sabia que na casa do Guilerme eles gastam um butijão de gás por mês? Não consigo entender como eles conseguem. Deve ter alguma coisa errada. Na casa do Guilerme é só ele mais a Soraya e a Tininha. Ele e a Soraya trabalham o dia todo e a Tininha quando chega da escola...
Um senhor, bem apessoado, interrompe para dar um “boa tarde de sábado de outono”; ela pega o cartão, de gratuidade da terceira idade, passa na maquininha e diz:
Logo ao entrar, notei que ela não era lá muito simpática.
Sorri como de costume.
Tinha um ar blasé. Perguntou-me se eram duas passagens. Respondi que sim, ainda com um sorriso. Ela apertou automaticamente o botão e a maquininha escreveu: passe... Deu o troco, e eu e minha filha nos sentamos.
Desta vez não fui olhando o mar.
Reparei na trocadora, uma senhora.
A conversa chamou-me a atenção.
Falava bem alto, como se não houvesse mais ninguém no ônibus.
- Ôoo Reinaldo, você sabia que na casa do Guilerme eles gastam um butijão de gás por mês? Não consigo entender como eles conseguem. Deve ter alguma coisa errada. Na casa do Guilerme é só ele mais a Soraya e a Tininha. Ele e a Soraya trabalham o dia todo e a Tininha quando chega da escola...
Um senhor, bem apessoado, interrompe para dar um “boa tarde de sábado de outono”; ela pega o cartão, de gratuidade da terceira idade, passa na maquininha e diz:
- Pode passa.
Passam mais três passageiros.
Uma mãe, com um recém-nascido no colo, vem pagar a passagem pela contramão. Ela olha para o bebê sem expressão, inclina-se de lado e roda a roleta.
Continua a conversa ainda intrigada com o botijão de gás do Guilerme:
- Lá em casa volta e meia eu faço bolo, até pudim e o meu botijão dura quase três meses.
Reinaldo, o motorista, sugere que talvez eles aqueçam a água do banho no fogão.
Os dois riem divertidos.
Reinaldo grita:- Entra por trás, por trás.
O rapaz entra e senta naquele banquinho onde se pode ler: “Fale ao motorista somente o indispensável”. E o “indispensável” como se ouve a seguir, é um falatório sem fim.
Ela se vê sozinha, não tem mais com quem jogar conversa fora.
O ônibus para no ponto onde está o fiscal e ela grita animada.
- Ôooo Sorriso, desta vez eu vou ganhar!
Grita abanando o papelzinho da loteria acumulada.
O rosto de Sorriso se ilumina.
A viagem recomeça.
Ela pega o telefone celular e tenta ligar. Entra um passageiro, ela desliga o celular e o põe no bolso, como se colocasse o maço de cigarros.
O passageiro passa.
O celular toca, ela combina e diz até lá.
Incomodada com o banco desconfortável, se ajeita.
Começa a contar...
Entra outro passageiro.
Sorriso automático ao “boa tarde de outono”.
O passageiro passa.
Recomeça a contar o dinheiro.
Abre a gaveta, guarda o dinheiro contado, tira uma bandejinha de isopor com uns pãezinhos, morde um...
Passageiro entra...
Guarda a bandejinha de isopor e...
Lambe escandalosamente os dedos, um a um. Lambe com prazer. Pai de todos, fura bolo, mata piolho...
Passageiro passa, sem resposta ao cumprimento.
Recomeça a comilança.
-Reinaldo, o pãozinho é ótimo!
Entre passageiros e lambidas, lá se vai o resto do sábado de outono.
Seu mundo é Reinaldo, e claro, o lanchinho também.
Os passageiros passam.
Eu salto.
No dia seguinte confiro no jornal: Nenhum apostador acertou as seis dezenas.
Sábado que vem ela provavelmente vai gritar com fé:
- Sorriso, desta vez eu vou ganhar!
Uma mãe, com um recém-nascido no colo, vem pagar a passagem pela contramão. Ela olha para o bebê sem expressão, inclina-se de lado e roda a roleta.
Continua a conversa ainda intrigada com o botijão de gás do Guilerme:
- Lá em casa volta e meia eu faço bolo, até pudim e o meu botijão dura quase três meses.
Reinaldo, o motorista, sugere que talvez eles aqueçam a água do banho no fogão.
Os dois riem divertidos.
Reinaldo grita:- Entra por trás, por trás.
O rapaz entra e senta naquele banquinho onde se pode ler: “Fale ao motorista somente o indispensável”. E o “indispensável” como se ouve a seguir, é um falatório sem fim.
Ela se vê sozinha, não tem mais com quem jogar conversa fora.
O ônibus para no ponto onde está o fiscal e ela grita animada.
- Ôooo Sorriso, desta vez eu vou ganhar!
Grita abanando o papelzinho da loteria acumulada.
O rosto de Sorriso se ilumina.
A viagem recomeça.
Ela pega o telefone celular e tenta ligar. Entra um passageiro, ela desliga o celular e o põe no bolso, como se colocasse o maço de cigarros.
O passageiro passa.
O celular toca, ela combina e diz até lá.
Incomodada com o banco desconfortável, se ajeita.
Começa a contar...
Entra outro passageiro.
Sorriso automático ao “boa tarde de outono”.
O passageiro passa.
Recomeça a contar o dinheiro.
Abre a gaveta, guarda o dinheiro contado, tira uma bandejinha de isopor com uns pãezinhos, morde um...
Passageiro entra...
Guarda a bandejinha de isopor e...
Lambe escandalosamente os dedos, um a um. Lambe com prazer. Pai de todos, fura bolo, mata piolho...
Passageiro passa, sem resposta ao cumprimento.
Recomeça a comilança.
-Reinaldo, o pãozinho é ótimo!
Entre passageiros e lambidas, lá se vai o resto do sábado de outono.
Seu mundo é Reinaldo, e claro, o lanchinho também.
Os passageiros passam.
Eu salto.
No dia seguinte confiro no jornal: Nenhum apostador acertou as seis dezenas.
Sábado que vem ela provavelmente vai gritar com fé:
- Sorriso, desta vez eu vou ganhar!
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
triste assim
Meu amigo Luigi tem 80 anos, mora em Friburgo e já morou em São Paulo, Pernambuco, Santiago do Chile e Rio de Janeiro. Já presenciou muita tragédia. Escreveu-me mandando notícias e não autorizou a publicação desta carta. Espero que ele me perdoe! Acho que um relato assim é importante e nos faz refletir.
Querida Marcia Só hoje recuperei a conexão com a internet. Ficamos sem luz, sem telefone e sem poder sair de casa pois as ruas estão bloqueadas. Os telefones ainda não funcionam, inclusive o celular. Percorri a cidade inteira a pé, por onde era possivel passar, enterrado na lama. O quadro é aterrador. O centro da cidade inteiro foi inundado. A única atividade que se vê é a retirada de lama, moveis e utensílios inutilizados de dentro das lojas e restaurantes. Os ônibus não circulam. Saí, na quarta feira, às nove da manhã e cheguei em casa às quatro da tarde sem parar de caminhar. Hoje pretendia voltar para reavaliar a situaçaõ mas desistí pois voltou a chover. Agora são 9:12. A luz foi retabelecida mas agora fecharam a agua. Estou recolhendo agua da chuva com os poucos recipientes de que disponho. A visão dos desabrigados nas ruas é dolorosa. Uma coisa é vê-los na televisão. Outra é encontrá-los face a face, chorando e gritando em busca do pai ou do filho que desapareceram. E não poder fazer nada. Nossa casa nada sofreu, milagrosamente, mas certamente ajudada pelas valas que preparei na encosta para escoamento das aguas e que, em Outubro, quando iniciavam as chuvas, tive o cuidado de limpar e aprofundar. Não sei quando vou poder me deslocar ou mesmo falar ao telefone. O meu computador está em pane. Estou usando o notebook da Dorotea e, com isso nem posso trabalhar na revisão dos meus textos. O backup que fiz não entrou no notebook. De qualquer modo o ânimo, diante do quadro desolador da cidade, embota o raciocínio. A única coisa que poderia fazer seria anestesiar-me com uisque, coisa que não faço em respeito aos desabrigados. Que Deus os ajude. Um beijo, Luigi
Mea Culpa
Escrevi este texto ano passado logo depois do terremoto que devastou o Haiti. Não gosto de culpar o governo por tudo. o que importa é que o tempo passou e eu não fiz nada para ajudar.
Cantiga para o Haiti
Acordo cedo. Os passarinhos fazem uma festa lá fora, indiferentes ao queacontece. Abro a porta da varanda. Respiro fundo. O verde entra pelas minhas narinas, me convida. As azáleas em diferentes tons de rosa combinam com as hortênsias e emolduram o caminho que vem até minha casa. As borboletas ainda não apareceram. Talvez um pouco mais tarde. As helicônias estão tão lindas, em laranja néon que, se, bem descritas vão romper a tênue linha que separa a verdade do exagero..
Respiro fundo. Alguém me chama para o café. Mesa farta. Escolho um suco e corto em rodelas uma banana que vou comer com algum cereal. Olho através do vidro, uma felicidade imensa me invade. Desde muito pequena a sensação de felicidade vem acompanhada de uma melancolia profunda.
Aluna de colégio de freiras tinha missa obrigatória às quartas-feiras. Sempre gostei de ir a missa. Gostava de tudo: Da pequena capela do Colégio, toda iluminada por enormes janelas de vidro, verdadeiras vitrinas para a mata-atlântica que cercava o pequeno prédio. Gostava da singela decoração com flores naturais que ladeavam imensos castiçais. Gostava da roupa do padre, do sermão, gostava sobretudo das cantigas. E a melancolia?
“Para mim a chuva no telhado é cantiga de ninar, mas o pobre meu irmão para ele a chuva fina vai correndo em seu barraco e se esparrama pelo chão”.
Não era raro cantarmos esta canção na missa. Com doze anos eu não sabia o que era melancolia. Mas sempre que ouvia esta cantiga duas lágrimas me escorriam pelo rosto. Um aperto no coração.
Olho a natureza, generosa, com seus verdes o colorido das flores o canto dos passarinhos e lá vem a melancolia cantada. E o pobre meu irmão?
O Haiti foi destruído. Obra da mesma natureza que me presenteia a cada manhã com pássaros, flores s e borboletas e que me faz suspirar.
Nestas horas é fácil encontrar culpados. A Natureza, o Sistema, os Países Ricos etc e tal, infinito e além. A tragédia não tem cara. É descarada. Por um instante penso em parar de escrever este texto. Assunto veiculado à exaustão pelamedia. Que também não tem cara.
Mas o pobre meu irmão? O que fazer?
Os brasileiros se ofendem quando os americanos não sabem nem localizar o Brasil no mapa. Acham até infame quando um americano pergunta se tem jacaré atravessando as ruas. Mas a verdade é que não sabemos nada nem de nós mesmos.
Eu não sabia que o Haiti era o país mais pobre das Américas, nem que lá poderia ter terremoto e que este poderia ter esta proporção. Infinitamente triste. Eu sou ignorante. A verdade é esta. Ignoro tanta coisa que me pergunto se estou viva.
Não sei o que fazer para ajudar o pobre meu irmão e isso me angustia muito. Penso em largar tudo e ir para o Haiti e dar carinho e conforto. Penso também que não preciso ir tão longe, que o pobre meu irmão está bem aqui ao meu lado. Que me faz uma média pela manhã e me entrega com um sorriso no rosto. Que enquanto lixa minhas unhas me conta como sua casa ficou alagada e da sorte que teve considerando que nada aconteceu aos seus filhos.
Não consigo concluir, porque não consigo entender. O que fazer? Rápido. Antes que outra tragédia aconteça.
domingo, 9 de janeiro de 2011
Domingo é dia de missa
Acordo cedo todos os dias da semana. Inclusive domingo. Acordo sempre um pouco antes do sol nascer, nunca por obrigação. Eu vim assim, com um relógio biológico que me desperta para o dia.
A casa ainda está em silêncio e a cidade também. Subo até o terraço e vejo o sol nascer bem quentinho atrás do Pão de Açúcar. Saúdo o astro rei. Gosto de reis: rei pelé, rei roberto carlos, rei charles (ooops Ray Charles, rei das selvas, rei momo. Aproveito o silêncio da manhã e a força do sol para organizar meu domingo.
Vou a missa. Pronto! Está decidido!
Tomo café da manhã e faço o da Miss 15, que viaja para a Disney na terça-feira e vai nos deixar com saudades.
No caminho para a Igreja de Santa Cecília e São Pio N (nunca me lembro o número do Pio se é X, XI ou XII - com todo o respeito- é claro!)
Eu ia dizendo... no caminho vou pisando em algumas folhas secas, o barulhinho me agrada. O vento vai levantando as folhas e o cheiro daquela arvore das folhas e do fruto ( uma manguinha mínima) me levam correndo para a casa da minha avó.
Respiro fundo, o vento me abraça e eu ouço a vovó
- Venha até aqui minha russinha?
Uma lágrima escorre e o vento leva minha avó de volta como trouxe.
Subo a escadaria da igreja, a missa ainda não começou, mas a tripulação já está a postos:
2 coroinhas gordinhos com camisolão bege e gola de cetim vermelho, três cantoras uma branca, uma russa, uma preta, 2 ajudantes com camisolão branco bem fininho. E o sacerdote com camisolão branco de cambraia de algodão com uma encharpe (provavelmente bordada por alguma beata) linda toda colorida em tons pastéis.
Sento-me no primeiro banco que não tem ninguém ainda. De repente uma senhora gordota de conjunto de malha salmão vem andando na minha direção e pede que eu leia.
Nem deixei a senhora terminar o pedido, não fiquei sabendo o que era para ler. Interrompi logo:
- Não, é melhor não ler. Desculpa. Sou muito tímida e vou gaguejar.
Ela então pede a agora minha vizinha no banco, que aceita e que na hora h lê muito bem.
Reparo a missa toda nos coroinhas, em especial no gordinho mais alto.
Garoto esperto está ligado em tudo. Se cai um papel aponta. Sussurra algumas vezes para alguém avisando de alguma coisa. Eu sismo que o coroa gordinho, digo o coroinha gordo está tomando conta de mim e dos outros fiéis também.
Me ajeito no banco, o menino olhando. Erro a resposta do corações ao alto, o guri olhando. E quando estou cantando então: o menino não tira os olhos de mim. A cada nota desafinada eu olho e lá está ele: olho no olho. Ou será a cada nota que eu acerto e não desafino?!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Um flamboyant
Manhã de sol lindo no Rio de Janeiro.
Saio de casa, viro a esquerda, no alto do morrinho um flamboyant . Desço a ladeira, viro a esquerda de novo e sigo para vida que me espera. ? . Não, não me espera o dia vai passar sem me esperar mesmo. Ligo o rádio e alguém de um helicóptero fala do trânsito. Mudo a estação, não quero saber, moro no Rio, o dia está lindo e a paisagem pode ser melhor apreciada com o trânsito lento mesmo. Na rádio Rod Stewart encanta: Through the top line cross the sea. Seguimos felizes num dueto. No caminho organizo minha agenda. Primeiro o stand da Abelardo Bueno (Dimension Office Park Salas comerciais e Corporativos), depois a sede (Patrimóvel), alguns contatos com clientes por telefone e por email, almoço depois do plantão lá pelas três.
Me cobro (a desgraçada da próclise sempre a me perseguir):
Não liguei para a minha mãe, esqueci de novo de agradecer o presente de natal que o meu irmão e minha cunhada me deram, não arrumei a minha gaveta e ainda não fiz as minhas New Year's resolutions. Não liguei para minha amiga que diz que eu nunca ligo para ela, não fiz compras de mercado esqueci de deixar o dinheiro para a empregada, não disse o que ia ter para o almoço!
Paro no posto. - R$ 50 reais de gasolina comum por favor?
-comum.
- Obrigada.
Já no stand confiro meus emails. Ninguém respondeu,ninguém perguntou, nem você. Ah sim na outra caixa postal meu amigo convida para a reunião no Cosme Velho. Confirmo a presença.
Venho até aqui e Ricardo deixou um carinho para mim na postagem anterior.
Sinto dor de cabeça (horrível) dor nas costas e medo.
Respiro fundo, suspiro e sigo em frente.
Bom Dia!!!!
sábado, 18 de dezembro de 2010
“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
A frase acima encontrei no Livro do Desassossego do Fernando Pessoa. E no mesmo dia encotrei este poema com a mesma frase entre aspas é claro!!!
Eis o poema:
Eis o poema:
RECOMEÇAR
Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
Paulo Roberto Gaefke.Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”
domingo, 5 de dezembro de 2010
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Boa Sorte
Sorte é quando competência e oportunidade se encontram
BOA SORTE
Engraçado, a palavra sorte sempre me remeteu a uma coisa boa. Ouvia a palavra e me vinha a mente algum coleguinha feliz por ter ganho a figurinha rara ou o zerinho quando disputava quem ia escolher o melhor time.
Ultimamente esta palavrinha maldita tem se tornado um tormento para mim. Anda funcionando como se fosse um palavrão daqueles bem cabeludos que, nos-idos-tempos-dos-limites, as mães sapecavam pimenta na boca dos que se atrevessem a pronunciá-lo.
Tudo começou com o Zico. ... Ouvi ..dizer... que ao ser perguntado o porquê de tanta sorte ao bater faltas ele respondeu: “Quanto mais eu treino, mais sorte eu tenho”. É verdade o Galinho treinava muito. Acontece que se bem me recordo na Copa do México, quando ele perdeu aquele pênalti, acho que foi para a França, a bendita sorte, mesmo ele tendo treinado à exaustão, não lhe deu a menor bola. Que fique claro, não estou crucificando o talentoso Zico, estou é falando mal da sorte.
Passei a ter medo da sorte, pavor mesmo, desde que comecei a trabalhar como Consultora Imobliária. Todo plantão é a mesma coisa, conversa vai, conversa vem e sempre tem alguma história de alguém que conhece alguém que teve a maior sorte: Faltava um minuto para terminar o plantão, apareceu um cliente e comprou três apartamentos de cobertura de frente para o mar na Vieira Souto. E, o que é pior: na verdade o felizardo, maldito, digo sortudo tinha só ido cobrir um plantão para o colega que teve um contratempo e não teve a sorte de estar no lugar certo na hora certa.
Além de treinar bastante chutes-a-gol, quero dizer: estudar o produto, saber quantos quartos, quantas torres o tamanho do terreno, a localização, a posição do sol, a implantação. Saber de cor todos os ítens da área de laser, que atualmente não são poucos!: pergolado, redário, biribol, piscina com borda infinita, bar molhado, espaço gourmet, garage band, horta, portaria, entrada, conciergerie para citar apenas alguns.
Eu ia dizendo, além de treinar bastante, eu ainda tenho que depender da, com perdão da má palavra, SORTE? E isso significa que se o indivíduo não treinar e tiver sorte ele vai vender? – É muito provável!
Então se é para depender da sorte eu quero ganhar sozinha na megasena acumulada e com o dinheiro comprar um montão de apartamentos comigo mesma e com comissão quadruplicada. Em tempo, dispenso a borda infinita, o pergolado e o biribol rsrrsrsrsrs.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Porque escrevemos?
Porque eu escrevo?
Eu escrevo por amor.Escrevo para o meu amor.
Escrevo porque quero um beijo:
...Então ele aproximou os lábios dos meus...passou um braço a volta da minha cintura, o outro em torno dos meus ombros e me beijou gentilmente.
Escrevo para me sentir amada.
- Eu te amo! E, ele me responde sincero:
- Eu também. Muito.
Escrevo para convidá-lo:
- Vamos ao cinema?
E, escrevo para ele aceitar.
- Vamos! (mesmo que não possa ir)
Escrevo para agradecer:
- Obrigada pelas flores. São lindas.
Escrevo para me aceitar:
- apesar do mau-humor até que ela não é má pessoa.
Se não quero aceitar que o tempo passou escrevo:
No seu corpo de menina, ou no frescor da sua pele...
Escrevo para tornar o impossível simples assim:
Subiram de mãos dadas as montanhas do Himalaia
E para cometer delitos e ficar impune.
E para me libertar, perder a cabeça, o bom senso e transgredir.
Escrevo porque te amo e sobretudo
Escrevo para aliviar esta dor que a sua ausência me causou.
E O Leminski escreve....
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece.
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Tenho bons amigos o que posso almejar mais?
- Bom Dia! Eu gostaria de reservar uma mesa para três.
- Pois não senhora, e qual horário seria melhor?
- Às treze horas estaria ótimo.
- Lamento senhora, mas hoje só abrimos para o jantar.
Eu quis morrer. Meu amigo virtual, tinha chegado da Áustria só para almoçar neste restaurante, e não ia abrir para o almoço?
Envergonhada, liguei para ele:
- Mikail, o restaurante não vai abrir hoje para almoço.
Educado que é, um verdadeiro gentleman, deixou-me à vontade para escolher outro restaurante. Foi o que eu fiz... Liguei para o restaurante ao lado que também é muito bom, reservei e fui buscar ele e a mãe em Copacabana.
Cuidadoso ele fez sinal para que eu o esperasse enquanto conduzia com todo o cuidado dona Margô pelo braço.
Finalmente via ao vivo e a cores meu amigo virtual. Incrível mas ele era bem do jeitinho que eu imaginava. Parecia que nos conhecíamos desde a infância, e dona Margô também, me achou com um ar bastante familiar, como se eu passasse as tardes vendo sessão das duas e tomando toddy em sua casa.
Eu não gosto de dirigir quando tem alguém comigo no carro, fico insegura, acho que a pessoa vai achar que eu sou barbeira e sou mesmo!
Fiz uma concessão para ser gentil com agora meus dois novos amigos. Distraída fui conversando e devo ter levado uma hora para ir de Copacabana ao Leblon.
Já no restaurante, fomos muito bem atendidos por um garçon novinho. Para mim, um bom restaurante tem que ter mais que uma boa comida e uma carta de vinhos. O banheiro tem que ser impecável e o serviço atencioso na medida certa. O garçon tem que ter o timing correto. Saber estar presente sem interromper a conversa, ser simpático sem ser íntimo. Estávamos com sorte o garçon era tudo isso!
Não pedimos vinho, eu ia dirigir, se beber não dirija, se dirigir não beba.
Não consigo me lembrar direito o que eu comi para harmonizar com minha àgua mineral gaseificada naturalmente, eu sei lá em que fonte. Lembro que fiquei lutando um tempão com uma salada verde que tinha um exagero de folhas, imagino que a salada só podia ser de queijo cabra com aceto balsâmico, ou então lascas de presunto parma crocante, é o que servem com as folhas, poucas variações sobre o mesmo tema.
Lembro também que dona Margô pediu um creme de mandioquinha com camarão, mas foi Mikhail quem comeu! De resto não me lembro de mais nada, acho que não comemos sobremesa. O papo foi ótimo, Mikhail é muito culto. ...Então bem educado e culto é uma ótima companhia.
É o que eu sempre digo para as minhas filhas, boa educação e um belo sorriso no rosto abrem muito mais portas do que a roupa da moda, ou a parafernália tecnológica que elas tanto almejam.
Almejar palavra esquisita, será que tem haver com alma. Só um instante, vou ver: Não encontrei, mas encontrei um dicionário de rimas !!!!
Rimas com almejar
espumarsojugarvaguearacordaracertaraplacarlimitarrefutarrematarconfiarescolarajeitarmurcharfarejardevagarefetuardesatarrelegar.
Chega de bobeira. Vou trabalhar. Um beijo pro meu amigo Mikhail e para dona Margô, duas ótimas companhias para uma tarde de segunda-feira.
domingo, 14 de novembro de 2010
Vou voltar
A partir de hoje vou voltar a escrever aqui neste cantinho que me é tão caro. Peço paciência aos meus queridos e fiéis leitores, estou numa tremenda crise da tela em branco, então vou contar como foi meu dia, quem sabe assim eu retomo o ritmo.
Acordei cedo como de costume. Fiz um misto quente e uma limonada de limão galego lá do sítio. Me banhei, me maquei, fiz um pouquinho de hora e fui trabalhar. Dei uma passadinha na sede e peguei o material para mostrar para o cliente.
Fui para o stand e de lá telefonaria para duas clientes para verem o apartamento decorado. As duas não foram! Fiquei lá esperando, como quem espera ser convidada para dançar e tomei um tremendo chá de cadeira. Tem problema não fiquei conversando com um colega e o tempo passou.
A profissão de corretora de imóveis é das mais desreipeitadas neste país.
O presidente da empresa que eu trabalho disse outro dia em entrevista ao Jornal que ninguém sonha em ter um filho corretor, só ele!!!
Até os parentes e amigos passam agente na cara, não é raro telefonarem para contar sobre o apê que compraram, sendo que faz um tempo que você estava T R A B A L H A N D O e procurando um imóvel para ele.
Hoje pela primeira vez levei um fora no Facebook.
Um tal de Samir Abujamra me limou do roll de amigos dele.
Acho que foi só para ele dar uma de engraçadinho. Pior para ele que não vai poder privar da minha companhia virtual, que tenho certeza é muito querida por um montão de gente.
Também o que eu poderia esperar de alguém que se auto-intitula
TEM UM MONTÃO DE PALAVRAS PARA NESTE TEXTO E EU ESTOU COM PREGUIÇA DE CONSERTAR, QUEM PUDER DÊ UMA FAXINA para MIM.
Acordei cedo como de costume. Fiz um misto quente e uma limonada de limão galego lá do sítio. Me banhei, me maquei, fiz um pouquinho de hora e fui trabalhar. Dei uma passadinha na sede e peguei o material para mostrar para o cliente.
Fui para o stand e de lá telefonaria para duas clientes para verem o apartamento decorado. As duas não foram! Fiquei lá esperando, como quem espera ser convidada para dançar e tomei um tremendo chá de cadeira. Tem problema não fiquei conversando com um colega e o tempo passou.
A profissão de corretora de imóveis é das mais desreipeitadas neste país.
O presidente da empresa que eu trabalho disse outro dia em entrevista ao Jornal que ninguém sonha em ter um filho corretor, só ele!!!
Até os parentes e amigos passam agente na cara, não é raro telefonarem para contar sobre o apê que compraram, sendo que faz um tempo que você estava T R A B A L H A N D O e procurando um imóvel para ele.
Um tal de Samir Abujamra me limou do roll de amigos dele.
Tem razão, sra. Marcia Lopes. Vou rever meus conceitos sobre o Facebook, virar um sujeito bem-humorado e gentil. E para começar, um gesto de puro altruísmo, vou eliminar a senhora.
Também o que eu poderia esperar de alguém que se auto-intitula
- Maníaco-depressivo-bipolar-obsessivo-paranóico.EU HEIN!
- Vou indo, estou verde de fome ainda não almocei, estou de plantão num estande no recreio dos bandeirantes e não apareceu viv'alma ainda. Não se preocupem comigo eu sobreviverei.... Um tanto tristinha, mas como todo mundo sabe na vida tudo é passageiro inclusive o motorista e o trocador.
TEM UM MONTÃO DE PALAVRAS PARA NESTE TEXTO E EU ESTOU COM PREGUIÇA DE CONSERTAR, QUEM PUDER DÊ UMA FAXINA para MIM.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
domingo, 12 de setembro de 2010
50por1 - 2a Temporada - QUENIA - Rumo ao Kilimanjaro - parte 2 - Corrida...
Tenho o hábito de acordar cedo ainda que passe o dia todo dormindo! Eu explico: Acordo por volta das cinco da manhã aconteça o que acontecer, tomo café, leio o jornal e depois se ainda estiver cansada volto a dormir e assim vou o dia todo.
Às vezes ligo a televisão e cse sabe não há nada que preste na TV sábado ou Domingo de manhâ fico sapeando nervosamente em busca de algo que posssa entreter minha mente.
E, foi numa dessas manhãs insones que eu encontrei o programa dele: 50x1 do Alvaro Garnero. Um programa sobre viagens diferente. Alvaro capricha na dicção (que não é lá muito boa) e sem maiores pretensões consegue passar com simplicidade informações e belíssimas imagens dos quatro cantos do mundo.
Viajante no pleno sentido da palavra ele experimenta de tudo, se mete em qualquer lugar,f ala com todas as pessoas e o teleespectador sente um pouquinho da emoção, como se estivesse lá também.
Confira!!!!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
O tempo
Tanto tempo que eu não escrevo e tanto tempo que eu não tenho tempo para escrever.
E não tenho assunto. Tenho trabalhado muito e ainda não consigo me desligar nem um minuto do trabalho para pensar um pouquinho e ir colocando uma letrinha atrás da outra e com prazer ver o que vai saindo. Nem sempre é bom, mas ao menos não fica dentro de mim latejando!
Tenho saudades da minha casa, dos meus pais, da minha irmã do meu marido, das minhas filhas e de mim!
Hoje vou de Gustav Klimt.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
No coração do baixo leblon
Uma amiga (Mrs MB) chegou da África do Sul, de Tiradentes e de Ouro preto. Tínhamos mais de quarenta dias para atualizarmos a conversa.
O dia não podia estar mais bonito e agradável. Céu lindo de inverno e temperatura nos temperados 21C. Nos encontramos às três defronte ao nosso restaurante predileto para longos papos.
A mesinha redonda que escolhemos ao fundo da casa de pastos tem o tamanho ideal para que possamos sentar confortavelmente e nos guarda a privacidade necessária para certos assuntos.
Falando em pastos, eu que todos sabem ter o pecado da gula transmitido genéticamente, pelo x do pai e pelo não menos guloso x da mãe. Vou ter que repetir o eu porque a frase ficou enoooooorme.
Vamos lá: Eu, gulosa que tenho sido, sempre escolho rapidamente o que quero. Minha amiga já é mais seletiva. Pensa nas calorias, no vinho, no prato principal e na harmonização dos três.
Então:
Mrs MB pediu uma salada verde com um vinagrette de gengibre.
EU: um polvo que está na moda e não era o Paul. Que teve seus tentáculos prensados congelados e cortados como para Carpaccio, com um molho ma-ra-vi-lho-so assinado pela impecável chefe da casa (LS).
Prato principal:
Ela: Atum mau cozido, com talharim de pupunha e cogumelos Paris
EU: Atum mau cozido, com talharim de pupunha molho de raiz forte no leite e molho Teryaque.
Sobremesa:
Ela: Sorvete de Tapioca com bala de coco
Eu: Ovo moles com sorvete de canela.
Vinho: Branco sul africano. Não me lembro o nome. Foi ela quem escolheu. Só sei que era ótimo, estava na temperatura correta e a rolha que na verdade era uma tampinha de rosca era preta de bolinhas brancas!!!
As Duas café Sem as delicosas trufas que o acompanham.
Preço justo.
Ressalva: Algumas torradinhas que acompanhavam meu carpaccio de polvo não estavam crocantes.
O restaurante fecha às quatro e reabre as seis. Mas nós duas só saímos de lá às cinco e meia.
Prato principal:
Ela: Atum mau cozido, com talharim de pupunha e cogumelos Paris
EU: Atum mau cozido, com talharim de pupunha molho de raiz forte no leite e molho Teryaque.
Sobremesa:
Ela: Sorvete de Tapioca com bala de coco
Eu: Ovo moles com sorvete de canela.
Vinho: Branco sul africano. Não me lembro o nome. Foi ela quem escolheu. Só sei que era ótimo, estava na temperatura correta e a rolha que na verdade era uma tampinha de rosca era preta de bolinhas brancas!!!
As Duas café Sem as delicosas trufas que o acompanham.
Preço justo.
Ressalva: Algumas torradinhas que acompanhavam meu carpaccio de polvo não estavam crocantes.
O restaurante fecha às quatro e reabre as seis. Mas nós duas só saímos de lá às cinco e meia.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Porque chove e é Domingo !
Adoro estas imagenzinhas com movimento, principalmente da chuva. Ando sem tempo para escrever, mas estou com muits saudades
sábado, 10 de julho de 2010
Tutuzinho com torresmo
30 anos sem o poetinha!
Só os poetas são imortais!
Sua poesia toma conta da alma da gente, nos alivia a dor
e enfeita com lindas palavras o amor. Que já é lindo!
sábado, 3 de julho de 2010
Cuide-se bem!
Cheguei inda agorinha do trabalho. Uma fome danada! Fazia tempo que eu não sentia fome! Passei no hortifruti comprei alface, cheiro verde, frango defumado e cogumelo shitake e baguete integral que eu adoro!!!
Tinha trabalhado o dia todo. Sem muito sucesso! Sentia-me sozinha precisava de um carinho!
Cortei duas rodelas de cebola (diced), lavei os verdes, cortei o shitake em fatias finíssimas, desfiei o peito do frango defumado! Murchei as cebolas e o shitake num pouquinho de manteiga. Acresceitei o frango desfiado, coloquei um pouquinho de molho para yakissoba! Puxei. Cortei a bagute ao meio coloquei folhas de alface, cheiro verde, cortado bem pequininho acrescentei o frango e companhia. Fechei uma banda na outra. Abri uma stella artois geladinha e pronto. Vim ver meus emails. No new message! Finalmente vou tomar um banhinho e dormir. Boa noite.
E cuidem-se bem!
terça-feira, 29 de junho de 2010
Afinal não tive folga coisa nenhuma!
Acordei às três da manhã e não consegui mais dormir. Enquanto aguardava os braços de morfeu me acalentarem o sono fiquei trabalhando no computador.
Precisei fazer umas tabelas para organizar minha ficha de clientes, e levei uma surra do excel, mas sou tinhosa e lá pelas tantas consegui fazer a tabela, bem do jeitinho que eu gosto. Quando eram 5:26 dei uma deitadinha e às seis já estava de pé de novo.
Fiz o almoço das meninas, arrumei minha cama e me arrumei bonitinha! Camisa de pois bege (vocês não se esqueceram que eu adoro bolinhas não é mesmo ?), jeans e salto anabela bem alto. No rosto maquiagem leve. Cabelo meio preso. Por sorte o onibus para na porta e eu que estava calçando o salto altão me vi aliviada por não ter que fazer uma longa caminhada.
*Fiquei lá no plantão e não apareceu ninguém! Enquanto esperava algum cliente, que afinal não veio, fiquei proseando.Na verdade nestes plantões tenho tempo para tudo o que não tinha quando era só "dolar", digo do lar. Posso ler, estudar, contactar clientes, falar ao telefone ( o meu é claro) e conversar um pouquinho também.
Ah! lembrei o que eu ia falar:
Um colega de trabalho, chegou espontaneamente, sem segunda intesões, aparentemente!
- Você está bonita! E completou: hoje você esta linda!
Cá entre nós, além de ter espelho, tenho espirito critico. Meus quilos a mais estão aí que não me deixam mentir.
Mas foi muito bom ouvir. Me senti viva.
Ainda tenho muito o que escrever. Beijos com muitas saudades da Paçoca
Ainda tenho muito o que escrever. Beijos com muitas saudades da Paçoca
Estou um bagaço vou dormir e vejo vocês amanhã!
*Não sei se já contei que depois de quinze anos sem trabalhar (coincide com a idade de miss almost 15!) inventei de ser corretora de imóveis, que hoje em dia se chama "Consultora Imobiliária". De uma hora para a mesma tenho um montão de apartamentos em laçamento para vender na Cidade Maravilhosa.
Agora é só fazer a correta relação entre os apês e os clientes. Simples assim!
*Não sei se já contei que depois de quinze anos sem trabalhar (coincide com a idade de miss almost 15!) inventei de ser corretora de imóveis, que hoje em dia se chama "Consultora Imobiliária". De uma hora para a mesma tenho um montão de apartamentos em laçamento para vender na Cidade Maravilhosa.
Agora é só fazer a correta relação entre os apês e os clientes. Simples assim!
(not that much!!!)
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