quinta-feira, 26 de novembro de 2009

DIA MARRECO ???? LEIA DE BAIXO PARA CIMA.

Ele: Oi,
O dedo melhorou e à frieira tb. Ainda não estão 100%, mas quase não dói. Só às bolhas não melhoraram muito.
Amanhã às 7 vou subir o vulcão.
À propósito dos erros, o assunto era dia marrumeno, e não marreco.
Pucon e bem turístico. Tem umas 30 agência de turismo aventura, uns 40 restaurantes, muitos hotéis e hostais, e condomínios de luxo. E muito bonita.
Beijos e reze por mim.


EU
aposto que se fosse comigo o quarto dos cachorros é que ia sobrar para mim. E o dedo melhorou?


ELE
> Já cheguei em Pucon. V. Ia adorar o hostil ... Tem 2 cachorros e umas 20 pessoas em 6 qtos, sendo que estou sozinho em um.
> Os erros são pelo maldito corretor automático.
> beijos
>EU
> Querido, diamantes são pequenos e não pesam!
> Por acaso você além das bolhas bateu com a cabeça? Eu explico: você disse nesta missiva que está com uma freira na cabeça e que seu dedo informou! É isto mesmo?
> O meu fim de semana foi ótimo, regado a vinhos ótimos. Já a vidinha continua a mesma: quente e sem armário! O rapaz está aqui tentando melhorar e disse que até sexta entrega.
> Não se preocupe pois estou sobrevivendo! Você acha que R$ 55,00 está caro para 100 (cem) gramas de cereja? Acabo de comer um quilograma.
> Saudades de viajar com você quando eu podia comer pistaquios e você curtia comer comigo na casita suiça em bariloche. Te amo
> Querido, diprogenta não serve para tudo, veja se está melhorando, senão tente outra coisa.

ELE
> > Hoje o dia não foi tão bom. Choveu muito e ficou tão nublado que não vi o Osorno . Rodei o lago todo. Passei por lugares lindos, mas sem sol perde muito. Fui à Petrohue, mas no lago Esmeralda mal deu para saltar. Fiquei todo molhado. Dà outra vez foi muito melhor. E ainda por cima não tinha com quem comentar e ficar mostrando...
> > Rodei uns 400 km, sendo quase à metade em estrada de ripio, ou seja carvalho e terra. Com à chuva não estava muito bom.
> > V. Acha que R$5,50 está caro para 1 Kg de cereja? Acabei de comer meio kilo
> > Seu presente vai ser mesmo uma surpresa, não tenho a menor idéia do que comprar. E ainda por cima tem que ser pequeno e leve...
> > Para v. Não dizer que aqui eu não reclamo:
> > 1-estou com 2 bolhas grandes no pé. Tive que comprar esparadrapo pois o que eu trouxe, não cola
> > 2-estou com freira na orelha. Ontem nem podia tocar, mas hoje melhorou um pouco.
> > 3-meu canto dà unha informou e estou botando diprogenta direto. Ainda dói bastante
> > Não se preocupe, pois estou sobrevivendo.
> > Amanhã vou pegar um bus às 9:30 para Pucon. Só devo chegar lá às 16:00.
> > Beijos. Saudades de qdo v. Gostava de viajar comigo, para Bariloche e P.Montt

terça-feira, 24 de novembro de 2009

crônica de quinta


Publico aqui a última crônica que escrevi para a Oficina da Crônica que estou fazendo às quintas-feiras. O mestre Felipe Pena nos pediu que escolhêssemos um fato qualquer que tivesse saido no jornal na semana.

“Terção Brasileira”

OBITUÁRIO

Herbert Richers, 86, sinônimo de dublagem

A frase “versão brasileira Herbert Richers”

está no inconsciente coletivo desde

os anos 50, quando Richers criou

sua companhia de dublagem...

(o globo 21 de novembro de 2009)

Quando eu nasci, já na segunda metade do século 20, a televisão ainda não era um fenômeno de massa. O aparelho incomodava, e muito, à estética das casas de classe média. Na casa dos meus avós e em tantas outras a TV ficava na sala, dentro de um armário, que só era aberto em determinadas horas do dia.

Do mesmo modo que a família se reunia a volta de uma mesa, para fazer as refeições, também se reunia no sofá, para assistir aos telejornais, novelas, desenhos animados e seriados oferecidos por não mais que três canais.

Naquele tempo as mulheres alisavam os cabelos com o ferro de passar roupa. Já havia a minissaia, mas esta não ia para a universidade e como assunto, estava restrito as colunas especializadas em moda. Nunca ao noticiário policial. O assunto mais comentado era o “escrete” para a copa de 70. Os noventa milhões de técnicos tupiniquins eram felizes e não sabiam. Podiam escalar uns três times de craques, pelo menos.

O governo nos desafiava a amar o Brasil ou então deixá-lo. Mas quem amava, muito e profundamente nossa nação de chuteiras, era muitas vezes obrigado a deixá-la.

Nesta época a censura era declarada. Antes de qualquer programa, a tv exibia um papel cheio de carimbos e assinaturas, com o brasão da república, que determinava, quem podia assistir àquele programa. Os pais seguiam, a risca, a indicação de idade “sugerida” pelo censor. Se o filme era dublado, depois daquele papelzinho da censura, ouvia-se uma voz grave: Versão Brasileira: Herbert Richers.

Na verdade todos ouviam versão. Eu ouvia terção. Durante muito tempo, fui motivo de chacota, por causa deste erro bobo. – Como é mesmo Mirandinha? Terção brasileira? E... quaquaquaqua quá!

Passadas quatro décadas, o aparelho de televisão não incomoda mais. Pelo contrário nos dias de hoje, símbolo de status, a têvê faz parte da decoração da sala. É pendurada na parede, pelos mais festejados decoradores. Onde antes ficava uma obra de arte atualmente fica uma tv de plasma. Agora, há também quem leve a tv no bolso da mesma maneira que antes, carregava o maço de cigarros. A censura, não é mais declarada é discutida, e como! Surgiu o videoteipe, a tv digital. Mas ainda ouço a mesma frase, falada com a mesma voz, no início de muitos filmes e desenhos animados.

A empresa, criada pelo brasileiro de nome estrangeiro nascido em Araraquara,São Paulo, possui um dos maiores estúdios de dublagem da América Latina e é responsável por grande parte da dublagem dos filmes exibidos ainda hoje na televisão brasileira.

Herbert Richers morreu no último dia 21, no Rio de Janeiro, mas o show tem que continuar e toda vez que eu ouvir a frase patriótica vou me lembrar dele e da minha infância também.

Miranda


Na oficina da crônica ninguém sabem quem é quem e isso torna esta oficina muito divertida,. Eu uso o apelido de Miranda e as vezes finjo que sou homem, para disfarçar bem.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Obrigada


Queridos,
Maria Augusta, Ricardo, Chica, Bel e Mina,
Muito Obrigada pela lembrança. Espero poder encontrá-los pessoalmente neste ano que virá. Um beijo para cada um da Paçoca!!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

É hoje!!!!!


Um dia lindo. Acordei as meninas e fui logo ganhando um beijinho e um abraço de aniversário. Delicioso! Depois o marido ligou, ia começar a caminhada de uma das torres do "W" de Torres del Paine (Chile). E agora liguei o micro e recebi um bilhetinho do papai e da mamãe. Que segue abaixo:

Querida Loura,
Mãe de Camila e Mariana, Mulher do aventureiro Lopes,

Eu ia desenhar uma flor para você. Mas, logo desisti. Venho desenhando flores para muita gente e isto se tornou muito banal.
Assim, resolvi dedicar a você uma flor diferente de todas as outras - que brotasse das palavras, não desbotasse ou murchasse. Comecei pela forma. A fiz, ao mesmo tempo, esguia e cheia , elegante , mimosa. Seu caule tem espinhos pequenos, mas agudos. Recende a mais misteriosa essência oriental, exótica e persistente, cheira também a chocolate.
Em dia de ventania e tempestade, seu aroma fica mais intenso para prodigalizar encanto pela natureza em convulsão. Suas cores refletem seus estados d’alma: Amarelo alegria, vermelho paixão, verde tristeza, roxo revolta e azul ilusão.Mas, estas cores compõem-se harmoniosamente. Nenhuma é dominante , alteram-se com as luzes do dia ,como as pessoas ,os passarinhos, outros animais e plantas. Como você lourinha!!!
Seu pai-Rio,18 de Novembro de 2009
Minha filha querida, Como não sei versar e sim mais ou menos conversar, vai então “Aquele abraço!” Paz, saúde e alegria!.
Sua mãe



segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Rapidinhas


O marido viajou para o Chile. A passeio. Me deixou aqui com: duas adolescentes, um hamster, um montão de mudinhas de plantas para regar e não deixar morrer de jeito nenhum com o calor que está fazendo. Eu que já não tinha tempo agora vou ter que me multiplicar. O marido acha que eu sou uma super-heroína e vou dar conta de tudo! Bem que algum de vocês podia me ajudar! Mas porque moram tão longe? Saudades de vocês e de mim também. Quarta-feira é meu aniversário e eu completo literalmente mais uma primavera (45 no total). Vou tentar fazer uma postagem bem bonitinha!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uma cigana na parede



O deprimido é um ser rejeitado, até por ele mesmo.

Ninguém gosta de estar deprimido, ou de estar ao lado de alguém deprimido.

Eu sei o que é isto, já estive dos dois lados.

Para o deprimido tudo é difícil: o muro é muito alto, a dor é muito grande, a noite é muito longa.

Depois de seis anos, em morna, depressão, consegui, com muita luta, e com a ajuda do Dr. Freud e de sua fiel assistente (minha analista), sair deste estado da alma, que a muitos parece frescura, mas não é.

Deprimida havia me perdido de mim. Não me reconhecia mais, nem fisicamente. Meus cabelos não eram mais cor de mel, minhas roupas não me cabiam mais e o sorriso no rosto, marca registrada desde a infância, não estava mais lá.

Só uma coisa não mudou: a minha admiração pelo que é belo, pela arte.

Ainda bem tristinha, tomei coragem e fui viajar sozinha.

Hospedada em uma pequena cidade do estado de Nova Jersey (EUA), sempre que podia pegava o trem bem cedinho, parava em Hoboken (NJ), subia uma escadinha e pegava o path que me deixava na 33, bem no coração de Manhattam.

Não é fácil ser feliz, não é fácil ser livre. Passava os dias subindo e descendo aquelas ruas, sem saber muito bem o que fazer com tanto tempo e tanta liberdade.

Perdida, não conseguia nem almoçar. Comprava duas barras do chocolate

"Crunch com caramelo", uma "Pepsi "e assim passava o dia todo. Quando cansava, entrava numa livraria e, no ar condicionado, cercada dos melhores amigos de um deprimido: os livros,descansava.

Depois de umas duas semanas, já conseguia planejar alguma coisa. Fui ao Moma, ao Museu de História Natural, entrei em várias galerias de arte, no Soho. Almocei em Little Italy, um nhoque inesquecível.

Tão longe das minhas coisas, da minha, nada invejável, rotina de dona de casa, aos poucos fui me reencontrando.

O acaso, às vezes, me dava um empurrãozinho. E, foi por acaso, que eu vi uma exposição de quadros do meu predileto: Amedeo Modigliani.

Naquele dia, pretendia ir ao Guggenheim, cheguei até a porta e resolvi não entrar, ia almoçar primeiro e voltaria depois se fosse o caso.

Indecisa, sem saber o que fazer e aonde almoçar, (onde comprar meu "Crunch") ainda pela Quinta avenida, andei mais dois quarteirões e vi uma fila enorme. Entrei na fila, para dar um tempo enquanto pensava.

Sorte a minha, a fila era para entrar no Jewish Museum, onde havia uma exposição das obras, dele mesmo: Modigliani.

De repente, fui invadida por uma alegria e uma felicidade que não cabem em depressão nenhuma.

Esperei a minha vez, entrei no museu e não tive mais medo de ser feliz.

Dei voltas e voltas naqueles salões repletos de lindos retratos.

Os retratos, de Modigliani, são diferentes. Seus retratados ficam lindos com o olhar do artista. Ele é generoso. Os nus, apesar de terem escandalizado na época, são puros e sensuais. Isso já seria o bastante para que ele fosse o meu predileto.

Alguns meses mais tarde, de volta ao Brasil, passando por uma ruazinha, aqui mesmo em Botafogo, bem pertinho de casa, na porta de um brexó, dei de cara com um pôster que retratava uma cigana com uma criança nos braços. Não via esta imagem desde os sete anos de idade. Um pôster igualzinho enfeitava a parede, da sala de jantar, da casa da minha infância. Reconheci o traço, cheguei mais perto e li a assinatura: MODIGLIANI.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

snifff



Quando não tenho tempo de postar fico muito infeliz. Fico com saudades dos amigos que sempre passam aqui. O fim de semanna foi ótimo, eu e as meninas nos divertimos muito! Jogamos, cozinhamos, assistimos a filmes água com acúcar (ou será sal? por causa das lágrimas!). O marido treinou para uma aventura que le está indo fazer no Chile em breve. O cachorro, comeu dormiu e ganhou muito carinho!
A happy family is heaven on earth!!!