terça-feira, 29 de setembro de 2009

Que Mico!!!

imagem do site biologias.com


Micos são pombos sem asas. Quem já não ouviu alguém falar que tem horror a pombos, que pombos são como ratos com asas? Sempre que defendo os pombinhos, ouço alguém dizer: Eles transmitem doenças. Ao que eu respondo prontamente (tenho essa mania de, aliás são duas: falar sem ser solicitada e dar respostas imediatas) repito por causa do parenteses aqui ao lado que ficou enorme. Os pombos transmitem doenças, resposta rápida: os seres humanos também, dependendo do humor exemplifico com uma doença mais ou menos assustadora. O único animal racional transmite entre outras coisas, digo doenças, gripe, catapora, sarampo, tuberculose, aids. Se os pombinhos transmitem doenças, perdoem os pobrezinhos pois eles não sabem o que fazem. Já os seres humanos...

Domingo de sol primaveril na cidade mais feliz do planeta; e também a mais bonita; e a mais mal tratada, fui caminhar na Urca. Este bucólico bairro da cidade maravilhosa, tem um quê de cidade do interior, só que com a imensa vantagem de estar à beira mar. As ruas são arborizadas. O comércio é pequeno, só com o suficiente para que o morador possa ter um certo conforto. Um lugar um tanto aprazível para se morar, sem espigões,com a exceção dos prédios cosntruídos para moradia dos militares. É na Urca que está um dos lugares que eu mais gosto de passear (e infelizmente cada vez mais pessoas gostam também). A pista Claudio Coutinho.

Antes chamada de o Caminho do Bem-te-vi, a pista tem 1.250 metros de extensão, e circunda os morros da Urca e Pão de Açúcar pelo lado externo, voltado para a saída da Baía da Guanabara. Além da vista, do barulhinho do mar estourando nas pedras, das borboletas, do verde, das bromélias, dos tiê-sangue e da pasmem: segurança (garantida pela proximidade com o exército e a marinha. Tem também muitos miquinhos.

E é justamente aí que eu queria chegar. Nos miquinhos. No primeiro parágrafo eu disse que micos como pombos sem asas. Sabemos que os pombos não são originários do Brasil (já li em algum lugar que foi com D. João VI que eles chegaram aqui). De tanto ter comida fácil,os pombinhos foram se amando se amando e quanto mais amor fazem menos os humanos gostam dos pobrezinhos que já não são considerados símbolos do amor e da paz e sim uma praga que deve ser exterminada, ou esterelizada.

Domingo lindo de sol primaveril enquanto fazia minha caminhada para relaxar no caminho do bem-te-vi pude encontrar verdadeiras pragas de seres humanos, que alimentavam os miquinhos com bananas e tiravam milhares de fotos. Vi até uma mulher que fez um close com a maquininha digital (outra praga bem na cara do miquinho. Com o prazer da gula satisfeito, os miquinhos não precisam se dedicar a procurar alimentos e podem se dedicar aos prazeres da carne e se multiplicarem. A gestação de uma mica leva apenas 150 dias e rende dois filhotes.

Gostaria de continuar amando os miquinhos e não querendo vê-los mortos, portanto, por favor resista: Não alimente os animais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O dever de casa

Ontem, dia mundial sem carro, as ruas estavam repletas de veículos automotores. Confesso que do alto das minhas 44 primaveras ainda me surpreendi com a pouca adesão do carioca. Não custava nada. Era só deixar o carro em casa e ir de ônibus ou de metrô, ou andar um pouquinho a mais.
Tem coisas que parecem ser de uma facilidade, de uma simplicidade ululante, mas na verdade são de uma impossibilidade hedionda. Posso citar como exemplo, o meu umbigo, digo, a minha casa.
Minhas filhas não conseguem em hipótese alguma colocar os sapatos no armário. Chegam da escola tiram os tênis e deixam na sala. Tenho certeza que para qualquer ser humano comum o trabalho que elas tem em colocar o tênis na sala, é o mesmo que colocar no armário. Mas não tem jeito, os sapatos são movidos a grito.
O lixo nas ruas por exemplo: Não custa nada não jogar lixo na rua, mas no entanto as ruas estão uma verdadeira lixeira a céu aberto. E o pessoal que tem cachorro e se dá ao trabalho de recolher o coco, colocar num saquinho e depois jogar o saquinho com o coco no chão. Você aí que não mora no Brasil não acredita? mas é a pura verdade.
Mas eu sou a última romântica e acredito piamente que podemos melhorar um pouquinho a cada dia.
E se você não fez a sua parte ontem, não tem problema, faça hoje. Com certeza qualquer ação vai contribuir para um mundo melhor para você mesmo, mesmo que você ache que não é merecedor de um mundo melhor.
Ou você é do tipo que acha que os políticos não fazem nada.
O video a seguir eu peguei na Maria Augusta, que pegou no youtube.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fazendo a minha parte

Este mês estou participando de uma gincana entre blogs- veja o banner ai ao lado. A Primeira tarefa é:
TAREFAS DA 1º BlogGincana (15 de Setembro, de 2009 )
As TAREFAS poderão ser cumpridas ao longo dos próximos 28 dias, até 13 de Outubro. Os inscritos que não se sentirem aptos a cumpri-las, ou por qualquer outra questão não queiram, nada contra. Seus blogs são muito importante para formarem o universo dos blogs, sobre os quais, os participantes ativos, irão atender às TAREFAS. E como essa é a primeira rodada, as TAREFAS são simples e poucas. Iremos aumentando o número e dificuldade ao longo dos próximos meses. Dito isso, vamos a elas:


1º Colar o banner, em seu post, para identificar sua participação.
2º Colar no sidebar o banner com o link do seu post/tarefa.
3ºCumprir as seguintes tarefas:

1º TAREFA - Escolha, entre os inscritos, os dois ou três blogs que mais te agradaram, e diga:

a) O por que?

b) Se já os conhecia, ou se esta visitando-os pela primeira vez?

c) Escolha uma imagem postada nesses blogs, que os represente, copie e poste junto com suas respostas.
Lembrem, sempre, de fornecer o nome e link dos blogs citados.

O último Blog.



O autor eu já conhecia: Cimitan Eduardo P.L. Se muito não me engando ela já esteve em pampa-linda virtual. Eduardo é um bloggeiro bastante experiente. Mas o que me fez parar para ler, foi a palavra crônica na primeira frase da postagem do dia 17 de setembro. Eu que me sinto cronista, li não só aquela postagem que falava sobre um livro que ele estava lendo do ruy castro. Eduardo é despretencioso e eu gosto disto.

Côté cour Côté jardin
A autora chama-se Maria Augusta, mora em Nice, gosta de arte e fala com simplicidade do que vê dos lugares que frrequenta dos seus gostos. Gostei muito. A foto é de uma exposiçao de emille gallé que Maria Augusta visitou. Ela tem o bom gosto de falar um pouco sobre art nouveau e sobre o trabalho de gallé.
E finalmente destaco também o blog da ju gioli, artista plástica
De cara já gostei da foto da postagem ( acho que blog é isto, imagem e texto, pensamento, imagem e letras. è a foto de uma bilioteca, onde não há letras. O texto era sobre dostoievski (ju acha impredível o livro : notas do subterraneo) Tem também as fostos de uma viagem que ela fez a portugal, com cores e texturas interessantíssimas.

São muitos blogs interessantes. Vale a pena. Beijos da paçoca

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O afilhado do Tio Tonico



Fim de tarde. Fim de inverno. Fim de agosto. De repente os postes ficam repletos de cupins alados. O carioca já sabe: vem chegando o verão. Na verdade ainda falta pouco mais de uma quinzena para o início da primavera, mas o calor, que ainda não é o senegalês, já nos convida para a praia, para os aplausos ao por-do-sol no arpoador, para tentar dar um fim na barriga caminhando no calçadão regado a muita água de coco.
Fui fazer umas comprinhas, para o jantar, enquanto esperava minha filha sair do inglês. Peguei o que precisava e o que não precisava e entrei na fila para pagar. Na minha frente só tinha um rapaz, muito alto, muito magro. Não tenho certeza se o rapaz era o único que estava à minha frente na fila, me distraí com os cupins do primeiro parágrafo.
Primeiro notei o carrinho do tal rapaz. Fico reparando no conteúdo do carrinho de compras e imaginando como é aquela pessoa. Tem uns tipos de carrinhos que já são previamente classificados por mim: Carrinho de pessoa normal (arroz feijão farinha,batata, frutas legumes, sabonete,água sanitária...). Carrinho de mãe (acrescentando ao anterior biscoitos, balas bombons e iogurte). Carrinho de mulher solteira. Carrinho de solteira em busca de marido (alface, água e cremes). Carrinho de casal novinho (todo arrumadinho, por departamentos e com alguns artigos para casa, paninhos novos uma pá de lixo moderna) E tem uns carrinhos do tipo óvini. Não dá para imaginar o que o consumidor vai fazer com o que está adquirindo. O carrinho do meu antecessor era esquisito. Tinha umas cinco caixas de limonada pronta.
Falei em limonada pronta e vou ter que fazer um parágrafo só para quem compra limonada pronta. Todo mundo sabe como fazer: - me dêem um limão e eu faço uma limonada! Simples assim. Você pode espremer o limão com a mão mesmo, acrescentar água e no máximo usar uma colher para colocar o açúcar e mexer. Quando terminar é só passar uma “aguinha” no copo e na colher. Já a limonada pronta requer embalagem do tipo longa vida, caminhão de entrega, rótulo, propaganda, enfim um montão de coisas que não combinam, em nada, com o rapagão alto, de cabelos desgrenhados (ele tinha um quê de ecoboy) camiseta curtinha e calça jeans deixando aparecer um pedaço da cueca.
Larguei de lado os irritantes cupins e passei a prestar atenção ao ecoboy de um metro e noventa, amante de embalagens longa vida. O rapaz falava bem alto ao telefone enquanto tirava as desnecessárias embalagens longa vida do carrinho, que com certeza o encheriam de orgulho quando fosse separar o lixo doméstico e as ,repito, desnecessárias embalagens longa vida ficariam no quesito ecologicamente correto: reciclagem.
- Na verdade tia, nós só colocamos a lista nessas duas lojas. O nome de uma loja era em inglês e o da outra em francês. –Na verdade tia (ele repetiu, não fui eu desta vez) você pode comprar pelo computador é só acessar o site clicar no produto, dizer o número do cartão de crédito ou pagar pelo boleto bancário.
-Não tia, nesta loja, ainda não colocamos a lista.
Notei que o supermercado todo acompanhava a conversa. As pessoas se entreolhavam e faziam expressões das mais variadas.
-Na verdade tia (rapaz insistente este), o presente, em si, não chega pra gente. A loja nós dá um crédito e nós compramos o que queremos. A fila se entreolhou decepcionada.
Sinto que estou ficando velha muito menos pela obviedade do aspecto físico, das insistentes e malditas cãs, das gordurinhas, do que quando me deparo com alguma modernidade inaceitável. Então o rapaz faz a lista, dá o endereço eletrônico para a tia que compra o regalo e ele pega o dinheiro e compra o que quer! Também me sinto uma anciã quando reclamo de quem compra suco em embalagens longa vida.
-Mas não se sinta obrigada, tia, a comprar nestas lojas, é só uma sugestão. Até porque o tio Tonico é meu padrinho.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Desculpe-me a demora




Ia eu contando como foi a tarde de sexta-feira. Tive que parar, fui para o sítio, voltei e só pude postar novamente hoje- como se pode perceber!
Na verdade, não sei se conisgo terminar o relato com aquele climinha de final de semana. Mas vamos lá:
Julinha, meninha, birrenta e mimada, de vestidinho roxo com capuz,tipinho mignon, inquieta que estava, começou a reclamar de frio. Na verdade algo incomodava Julinha além do friozinho gostoso do ar condicionado. A menina estava de pernas de fora, e magrinha como era, não tinha aquela camadinha de gordura, que nós, os gordinhos, odiamos, mas que nos aquece.
Julinha só parou de reclamar, fazer birra, dar ordens à sua avó, que tinha paciência de jó, quando sua torta de queijo chegou e sem morangos!
Ah! tá bom, vou confessar ela reclamou, mas só mais duas vezes: a massa da quiche estava dura( e estava mesmo) e ela tinha sede, mas que a água viesse sem bolinhas, que o tipinho mignon detestava.
Fiquei pensando porque a menina reclamava tanto e parecia um tanto séria e insatisfeita? Cheguei a conclusão, mas não sei se estou certa, que Julinha provocava a paciência da vovozinha em busca de limites. Alguém naquela família afinal, teria que ter coragem de dizer-lhe um não redondo. Julinha estava cercada de covardes que ao menor beicinho já morriam de medo e cediam. A menina ficava um tanto insegura, quem conseguiria protegê-la, se não a protegiam nem dela mesma?
De repente, compreendi todos os meus coleguinhas de infância mimados que eu tanto detestava. Coitadinhos eram mimados e não tinham quem os protegesse, eram inseguros.
Termino como comecei: Sempre detestei crianças mimadas. Não detesto mais. Márcia Lopes