terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Dois brancos e um amarelo
E tinha também um azul e mais outros brancos. Eram pentes ofertados a Yemanjá a Rainha do Mar.
Acordei cedo e, antes das sete horas já estava caminhando à beira mar. Praia de Copacabana, a princesinha do mar.
Um caminhão ia a minha frente arrancando da areia o lixo superficial nela contida. A praia quase vazia. Junto ao mar, algumas pessoas ofertavam a Yemanjá. Frutas lindas, maçãs, peras, pêssegos, mamão e melão cortados como nos hotéis.Fartura. garrafas de sidra e até uma de champange, ou espumante, ou pro secco, sei lá.
Meu pensamento ia longe, quase indiferente. Mas a fartura era grande. muitas frutas mesmo,lindas.
Um menino dormia aninhado no buraco que fez para proteger-se na areia. E outro menino e um homem. Passavam fome? Não tinham casa, abrigo?
Perfumes, produtos de beleza maquiagem.
Tudo para Yemanjá. O que será que pediam aqueles que madrugaram para ofertar a Yemanjá. Alguns agradeciam. O quê?
Caminhei um bom tempo intrigada. A água salgada molhou meus pés. Parei por um instante. Olhei para o Horizonte, o vento veio, me abraçou, arrepiou a minha pele, se fez presente. Era tudo verdade, não era sonho.
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2 comentários:
Eu penso que voce escribe coisas muito fascinates.
Te envio un saludo desde una isla
Roatan, Honduras...
Zuni
Lindo, Paçoca. Lindo e comovente. Lamento ter aberto tão tarde, queria ter sido o primeiro a comentar. Não sei por que, você me fez lembrar do Severino. Tenho saudades dele e da Miranda. Ha uma certa ingenuidade nisso, você não acha? Creio que eles são espíritos.
Luigi
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