Ontem, depois de muito tempo com problemas domésticos, tive uma tarde só para mim. E eu gosto muito de mim. Generosa que sou, depois de fazer uma visita de rotina à dermatologista, fui lanchar num café que eu adoro. O Lugar é bem pequeno no máximo dez mesinhas mínimas de dois lugares. O cardápio não tem grandes pretensões, mas é por isso mesmo que me atrai. Tudo é feito lá mesmo e na hora. As garçonetes estão sempre impecáveis e com um sorriso de quem gosta do que faz e é bem tratado pelos patrões.
Costumo ir a este café com uma amiga, acho que já contei isto aqui em outra postagem, e sempre pedimos um soufflle de queijo de cabra com saladinha verde. Mas, ontem, eu, como diria marinaw, estava muito boazinha comigo e fui sozinha.
Timida, que insisto em ser, entrei e sentei logo na mesinha perto da porta, assim não correria o risco de esbarrar em nada e ser notada e ficar vermelha. Antes mesmo de fazer o pedido, me pediram para trocar de lugar e foi aí que eu sentei ao lado dela.
Um tipinho mignon que não deve ter completado mais do que cinco primaveras. Usava um vestidinho roxo com capuz e estava sentada de fronte a sua vovozinha. Vovozinha que não tinha nem cabelos brancos, nem era gorducha e nem arrastava os pés. Vovozinha para lobo-mau nenhum botar defeito.
Fiz logo meu pedido: Sanduíche de presunto parma, brie e lascas finíssimas de maçã verde na baguete. Minha vizinha de mesa, não sabia o que queria. A vovozinha com uma paciência de avó, oferecia de tudo e a menina não se decidia. Tive que afastar a minha mesa umas duas vezes para Julinha (descobri o nome do tipinho mignon de capuz roxo) ir ao balcão para ver o que a apetecia. Finalmente a vovó fez o pedido e Julinha com medo de ficar sem nada também pediu. Na verdade as duas pediram a mesma coisa: A vovó quiz doce e a Julinha salgada: uma cheesecake e um quiche.
Me distrai um pouquinho, observando a delicadeza e a simplicidade da mesinha. O portaguardanapos é um regardozinho e tem também um mínimo vazinho com umas flores amarelas(naturais).
O pedido da vovó, já estava pronto e chegou antes. A julinha não gostou nada e ficou indignada de ter um morango em cima da torta. Reclamou, bateu pé, fez birra e até chorou. A vovó, com uma paciência de avó, nem se abalou. Disse mais de cem vezes que aquele não era o pedido dela, que o dela não tinha morango e viria depois.
Falar em depois - 1000 desculpas, mas não vou poder terminar a minha historinha agora. Preciso sair.
Um comentário:
Ah... eu quero saber o final... e também onde é este café/restaurante que parece ser super simpático... em que bairro do Rio? (Engracado uma coisa... olhe só a coincidencia... eu e voce derepente a palavra "mignon" para nos referir-mos à pessoas... fiz a mesma coisa na minha postagem atual... que loucura, irma!). beijos Ricardo
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