Esta é mais uma tarefa da gincana da qual eu participo. Link ai ao lado.
1ª TAREFA - Vá até o blog "inscrito", imediatamente, antes do seu e:
a) Leia as três últimas postagens.
b) Escolha uma delas para responder às perguntas:
1) Por que escolheu essa?
2) O tema é de seu agrado. Por que?
3) Já frequentava esse blog? Caso negativo, qual foi sua impressão?
4) Escolha uma imagem, destas postagens, para ilustrar sua resposta/tarefa.
5) Faça uma descrição do blog visitado. Comente todos os aspectos que te chamaram ( negativa ou positivamente) a atenção.
6) Coloque como título, de sua postagem/tarefa, o nome do blog visitado.
Marina Sena é a dona do Blog palavras insólitas.No seu perfil ela diz que tem só 17 aninhos. Marina escreve pequenos contos muito interessantes e criativos. Não coloca muitas fotos. Usa diferentes fontes como se quisesse mostrar seu humor graficamente. Eu gostei mesmo dos contos de Marina e coloco aqui o que escolhi para cumprir a tarefa.
.o.homem.de.retalhos.
segunda-feira, 12 de outubro de 2009 às 07:58
*Créditos da imagemEra todo feito de retalhos. Uns bonitos, outros feios, outros com um rascunho de qualquer coisa que tenha passado. Retalhos feitos de papel, todos espalhados pelo chão. Diziam que era tudo muito desarrumado- suas paredes, seu quarto, sua sala - mas a verdade era que, e isso era um segredo, ele gostava assim. As folhas se perdiam e misturavam umas às outras, sem que ele nunca pudesse arrumá-las completamente, pô-las em ordem.
Um dia, ele desejou, muito e muito, que pudesse ser como os homens organizados. Sempre muito bonitos, de cabelo penteado, com um gravata talvez; mas principalmente com aquela organização que não deixa papéis espalhados por todo lugar. É que às vezes se perdia entre seus retalhos. Não que isso fosse exatamente ruim, mas apenas ele poderia viver em lugares assim. Ninguém mais poderia lhe entender a organização. Vivia sozinho, em meio aos seus papéis. Até que, certa vez, encontrou uma menina. Ela tinha uns olhos escuros muito bonitos, gostava comer marshmallows e tinha cheiro de margaridas no verão. Gostava de sair para andar em dias de sol e também de levá-lo com ela. Ele parou de viver só em meio aos seus papéis amassados. Passou a ter uns retalhos coloridos, que nunca tivera antes. As pessoas passavam do outro lado da rua e diziam como formavam um belo casal, desses que vivem a andar pelas flores.
Ela pintou as paredes, forrou o chão com tapetes e sorrisos, trocou as cortinas. Trouxe uns livros para pôr na estante e umas caixas para guardar os papéis.Você não pode viver para sempre assim, ela dizia, todo afogado em retalhos, sem nunca poder respirar. Mas ele, todo acostumado com seus rascunhos, não queria deixá-los ir tão distante. Ela chorou quando ele a fez parar de pintar as paredes. Quando deu-lhe de volta os livros da estante e jogou fora as caixas para guardar os papéis. Ele se desfez dos papéis coloridos, dos sorrisos espalhados pelo corredor e das caminhadas em dias de sol. As pessoas passavam do outro lado da rua e diziam como ele era todo feito de rascunhos amassados. Ela não quis mais - nunca mais - comer marshmallows. Seus olhos escuros não eram, agora, tão brilhantes, e não tinha mais o cheiro de margaridas no verão. Isso ele nunca poderia notar, pois tanto se perdeu no seu mundo de rascunhos amassados, histórias em branco e linhas despedaçadas que nunca conseguiria viver com ela, entre as flores.
Era todo feito de retalhos. Uns bonitos, outros feios, mas todos dele e - sim, agora ele sabia - nunca feitos para dias de verão.
Ela pintou as paredes, forrou o chão com tapetes e sorrisos, trocou as cortinas. Trouxe uns livros para pôr na estante e umas caixas para guardar os papéis.Você não pode viver para sempre assim, ela dizia, todo afogado em retalhos, sem nunca poder respirar. Mas ele, todo acostumado com seus rascunhos, não queria deixá-los ir tão distante. Ela chorou quando ele a fez parar de pintar as paredes. Quando deu-lhe de volta os livros da estante e jogou fora as caixas para guardar os papéis. Ele se desfez dos papéis coloridos, dos sorrisos espalhados pelo corredor e das caminhadas em dias de sol. As pessoas passavam do outro lado da rua e diziam como ele era todo feito de rascunhos amassados. Ela não quis mais - nunca mais - comer marshmallows. Seus olhos escuros não eram, agora, tão brilhantes, e não tinha mais o cheiro de margaridas no verão. Isso ele nunca poderia notar, pois tanto se perdeu no seu mundo de rascunhos amassados, histórias em branco e linhas despedaçadas que nunca conseguiria viver com ela, entre as flores.
Era todo feito de retalhos. Uns bonitos, outros feios, mas todos dele e - sim, agora ele sabia - nunca feitos para dias de verão.
6 comentários:
Paçoca,
linda homenagem ao blog visitado, transcrevendo um ótimo conto da menina de 17 anos!
Parabéns pelo post/tarefa.
Obrigado por ter participado desta segunda BlogGincana!
Ficopu muito boa tua participação! E escolheste bem esse conto.beijos,chica
gostei muito,participar de blogagem,nos da a oportunidade de interagir e conhecer novos amigos,é muito bom ler post como o teu,parabéns!
Boas energias
Mari
Minha querida, só voce mesma, para fazer uma coisa assim... Ohhh... que coisa boa te conhecer!
(bem, pelo menos até agopra, só daqui... Ano que vem! Oba... vamos tomar chás e comer bolinhos?)
Que bela descoberta você fez e nos trouxe neste Bloggincana. Este conto é muito bom, é como uma garota de 17 anos pode escrever com tanta profundidade...a historia de 2 mundos paralelos que se encontraram, mas não se misturaram : um "apagou" o outro.
Beijos.
Amiga!
Ficou muito lindo a descrição. Homens de Retalhos. Belo texto.
Este mês a blogGincana nos proporcionou, momentos muitos inteligentes. Principalmente, porque aprendemos muito um com os outros. Eu também gostei muito da minha escolha, ou melhor o do blog antes do meu...
Venha conferi quem foi o blog felizardo por mim...
http://sandrarandrade7.blogspot.com/
Com carinho
Sandra
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